Dores na coluna e atividade física
A dor na coluna é um tema bastante amplo e pode ter várias causas.
Na prática clínica, é comum encontrarmos pacientes com diagnósticos que nem sempre correspondem ao real motivo da dor. Um exemplo frequente são os diagnósticos de protusões e hérnias discais. É verdade que, em alguns casos, a hérnia pode gerar dor intensa e trazer consequências mais sérias. Mas, em muitos outros, ela não é a responsável pelo desconforto — e esse diagnóstico, por si só, pode acabar trazendo limitações desnecessárias, resultando em um corpo menos ativo e, consequentemente, mais dolorido.
O fato é que o corpo humano foi feito para se movimentar. Para que funcione bem, precisa de estímulos adequados. Tanto a falta de atividade física quanto o excesso de sobrecarga podem causar dores e indisposição.
Quando a pessoa entra no ciclo da dor, tende a se movimentar cada vez menos. Essa limitação gera ainda mais dor, e o corpo passa a viver em função de evitá-la. Nesse cenário, viver sem dor se torna um objetivo distante — mas extremamente desejado.
A boa notícia é que atividade física é uma das chaves para quebrar esse ciclo. Exercícios que desenvolvem força muscular, com cargas ajustadas de forma gradual, fazem toda a diferença. Um corpo frágil, com pouca musculatura, naturalmente sente mais dores.
Por isso, é importante encontrar uma atividade que seja prazerosa, mas que também traga evolução. Os músculos precisam de estímulos, os tendões precisam de carga. Precisamos de movimento!
Como fisioterapeuta e instrutora de Pilates há mais de 18 anos, sou suspeita para falar do método. O Pilates oferece consciência corporal, segurança e pode ser adaptado tanto para quem tem limitações, como idosos ou pessoas sedentárias, quanto para atletas. Mas acredito que o melhor exercício é aquele que é feito. Não é preciso se prender a um único método: o importante é manter uma rotina ativa. Inclusive, combinar diferentes práticas pode trazer ainda mais benefícios, já que proporciona estímulos variados e maior motivação.
E lembre-se: procure sempre profissionais qualificados. Converse com seu médico, exponha suas dores, queixas e objetivos. A comunicação é fundamental para que os ajustes necessários sejam feitos e o exercício traga, de fato, benefícios para você.
M O V I M E N T E – S E.